O rei D. Fernando tinha uma única
filha, D. Beatriz, que se casou com D. João I, rei de Castela. Para garantir a
independência de Portugal o rei D. Fernando no Tratado de Salvaterra de Magos
(1383) estabeleceu que até o filho de D. Beatriz ter catorze anos, seria
regente D. Leonor Teles. No entanto, D. Fernando morre nesse mesmo ano do
Tratado. D. Leonor Teles, por influência do seu conselheiro galego, o conde
João Fernandes Andeiro, mandou aclamar D. Beatriz como rainha de Portugal.
O rei D. Fernando.
A sociedade portuguesa tinha
opiniões diferentes em relação à questão da sucessão ao trono e, por isso,
dividiu-se.
A maior parte da Nobreza
e Clero aceitou D. Beatriz como rainha (não queriam perder os
privilégios que tinham), mas o Povo, a Burguesia e um pequeno número
de elementos da Nobreza e do Clero
revoltaram-se pois não queriam perder a independência.
A burguesia, chefiada por Álvaro
Pais, e tendo do seu lado o povo de Lisboa, prepara então uma conspiração para
matar o Conde Andeiro e escolhe D. João, Mestre de Avis, para executar essa
tarefa. O Mestre de Avis conseguia facilmente
entrar no Paço da Rainha pois era filho (ilegítimo) do rei D. Pedro (sendo portanto meio-irmão de D. Fernando).
O Mestre de Avis matou o
conde e D. Leonor fugiu
para Santarém e pediu ajuda ao genro.
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