sábado, 1 de março de 2014

Histórias e Lendas

Lenda do Milagre das Rosas
D. Isabel, a mulher de D. Dinis, ocupava todo o tempo que tinha a fazer bem a quantos a rodeavam, visitando e tratando doentes e distribuindo esmolas pelos pobres. 
Conta a lenda que o rei, que tinha muito mau génio apesar de ser também bondoso, se irritou por ver a rainha sempre misturada com mendigos, e proibiu-a de dar mais esmolas. 
Certo dia, viu-a sair do palácio às escondidas, foi atrás dela e perguntou-lhe o que levava escondido por baixo do manto. Era pão para distribuir pelos pobres. Mas ela, aflita por ter desobedecido ao rei, disse: 
- São rosas, Senhor!
- Rosas? Rosas em janeiro? - duvidou ele - Deixai-me ver! 
De olhos baixos, a rainha Santa Isabel abriu o regaço e o pão tinha-se transformado em rosas, tão lindas como jamais se viu.
 
Rute e Tânia 5ºD
 
 

 
Sabias que…

no século XIII, o rei D. Dinis mandou plantar o pinhal de Leiria para ajudar a fixar a areia que invadia os campos agrícolas?

E sabias que foi a partir do seu reinado que todos os documentos passaram a ser escritos em Português? Antes era tudo escrito em Latim. Também foi D. Dinis que fundou a Universidade de Coimbra, que foi durante muitos anos a única em Portugal.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

As Produções Artesanais

Eram feitas à mão ou com o auxílio de ferramentas muito simples.
As matérias-primas eram por exemplo: o barro, o vime, a cera, a pedra, a madeira, a cortiça, o linho, a lã e as peles.

Comércio

O aumento da produção agrícola e da produção artesanal levou ao desenvolvimento do comércio interno e externo.

No século XIII, para comprar ou vender produtos, ia-se ao mercado (de menor dimensão) ou à feira. As feiras realizavam-se periodicamente (semanais, mensais ou anuais). Aí ocorriam os camponeses e os almocreves, que eram pequenos comerciantes que transportavam de terra em terra e de feira em feira as suas mercadorias.
           O almocreve:

O rei recebia os impostos pagos pelos vendedores e compradores. Os reis também criaram algumas feiras francas – feiras livres de impostos.

A criação de feiras contribuiu para o desenvolvimento do comércio interno, isto é, o comércio realizado dentro do País. No entanto, por esta altura, os portugueses também comerciavam com outros países – comércio externo.
Feira medieval
As rotas comerciais no século XIII
 
- Exportações: o que se vendia para o estrangeiro (sal e peixe seco, vinho, azeite e fruta, cera e mel, peles);    
- Importações: o que se comprava ao estrangeiro (cereais, tecidos, especiarias, metais, armaduras e objetos de adorno)
Para proteger o comércio marítimo, o rei D. Dinis criou a Bolsa dos Mercadores (uma espécie de “seguro” que pagava aos mercadores os prejuízos de naufrágio ou ataques de navios-piratas).
 
 
 
 
Aproveitamento dos recursos do mar e rio

- Pesca

 
- Salicultura
 
 
 
O aproveitamento dos recursos naturais no Século XIII

O Reino de Portugal tinha muitos recursos naturais. O aproveitamento desses recursos era feito pelo povo através das diversas atividades que praticavam: a agricultura, a pastorícia, a pesca, a salicultura, a produção artesanal e o comércio.
A agricultura era a principal atividade do povo.
 
Aproveitamento dos recursos da terra
É a partir dos recursos naturais de cada região que se formam as várias atividades económicas. Chama-se atividade económica ao conjunto dos trabalhos realizados pelo Homem a partir dos recursos existentes, para utilizá-los na satisfação das suas necessidades.
A agricultura sempre foi uma atividade económica fundamental na vida dos Portugueses.
- Agricultura - Produzia-se: cereais – cevada, centeio, trigo, aveia e milho-miúdo; vinho e azeite; legumes e frutos; linho.
- Pastorícia e criação de gado: Criavam-se: ovelhas e cabras; patos e gansos; porcos, bois e cavalos; recolhiam-se: lenha e madeira; cortiça; mel e cera.
 

Agricultura
 
Os instrumentos utilizados na agricultura da época eram a enxada, a charrua, o arado, a foice, a pá e o carrinho de mão.
 

Criação de gado
 
 
 
 
 
 
 
 
As características naturais de Portugal no séc. XIII

Apesar de ser um país pequeno, o relevo de Portugal é muito variado.
- No norte e centro – predominam as montanhas e os planaltos;
- no sul do Tejo – as planícies.
A Serra do Gerês é uma das mais altas serras de Portugal.
 
Peneplanície alentejana – terras baixas e quase planas.
 
No século XIII, o relevo de Portugal era semelhante ao dos nossos dias. Mas, a paisagem era bem diferente, pois ao longo dos séculos o Homem foi alterando-a (construção de povoações, estradas, barragens, etc.).
O país estava coberto por um manto vegetal frondoso e abundante (era mais arborizado do que hoje).
- No norte – bosques e florestas muito densas (com carvalhos, castanheiros, choupos, freixos)
- No sul – florestas menos densas (grandes áreas de matagais, sobreiros, azinheiras, oliveiras bravas).
O clima de Portugal era mais frio e chuvoso do que hoje.
Naquela altura, a linha de costa de Portugal tinha um aspeto diferente do atual. As águas do mar chegavam a locais hoje afastados do litoral, sendo a costa muito recortada, com um grande número de abrigos e de portos. Muitos deles desapareceram.
Os rios tinham mais água e eram mais navegáveis. Serviam de vias de comunicação e ligavam as povoações, transportando pessoas e mercadorias.
As pontes eram poucas e para se fazer as travessias existiam os barqueiros com as suas “barcas de passagem”.
 


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A Sociedade Portuguesa no Século XIII

A sociedade medieval encontrava-se dividida em três ordens ou grupos:
- clero (“os que rezam”)
- nobreza (“os que combatem”)
- povo (“os que trabalham”)



Membros do Clero



Membros da Nobreza


 
Membros do Povo
 
Os primeiros reis preocuparam-se em povoar e defender as terras conquistadas aos muçulmanos e, para isso, entregaram-nas à nobreza e ao clero, que eram os grupos privilegiados. O rei reservava para si uma grande parte das terras e doava outras aos nobres e ao clero e ordens religiosas.
Os dois grupos – nobreza e clero - tinham poder e riqueza.
O povo constituía o grupo dos não privilegiados, mantendo uma dependência face aos grupos privilegiados e quase só tinha obrigações.
Ao Clero cabia-lhe as funções de oração, assistência aos doentes e pobres e o ensino. Recebia grandes doações e privilégios de reis e particulares.
A Nobreza era o grupo dos guerreiros. Enriqueceu à custa dos saques após as batalhas vitoriosas e das doações dos reis, em bens e em títulos, como pagamento dos serviços.
O Povo era constituído, maioritariamente, por camponeses, que viviam e trabalhavam nos domínios senhoriais. Viviam com muitas dificuldades. Pagavam impostos ao Clero, à Nobreza e ao Rei.
Assim, era o Povo que sustentava toda a sociedade.