sexta-feira, 20 de junho de 2014

Exposição de Trabalhos

E para terminar o ano letivo coloco aqui algumas fotografias da exposição de trabalhos dos alunos de História e Geografia de Portugal.

Excelente trabalho da Sara do 5ºC.
 




 
E depois de tanto trabalho... umas merecidas férias para todos!...
Até para o próximo ano letivo!
 

 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Sabias que…

a filha de D. João IV, D. Catarina de Bragança, casou com o rei Carlos II, de Inglaterra e levou para aquele reino o hábito de tomar chá?
 
A Guerra da Restauração

Seguem-se 28 anos de guerra entre Portugal e Espanha.

      ¦ Batalha do Montijo, em Espanha 1644

      ¦ Batalha das Linhas de Elvas 1659

      ¦ Batalha de Ameixial 1663

      ¦ Batalha de Castelo Rodrigo 1664

      ¦ Batalha de Montes Claros 1665

As batalhas da Restauração
 
A Batalha de Montes Claros
 
A Guerra da Restauração só terminou em 1668 (durante o reinado de D. Afonso VI), com a assinatura de um tratado de paz. A Espanha reconheceu a independência de Portugal.
Portugal tinha perdido muitos territórios mas conseguiu expulsar os holandeses do Brasil.
Em 25 de março de 1646, D. João IV ofereceu a coroa portuguesa a Nossa Senhora da Conceição e elegeu-a Padroeira de Portugal. Desde esta altura, os reis de Portugal passaram a ser representados ao lado da coroa régia, como sinal de respeito e de devoção.
 
 

domingo, 8 de junho de 2014

O domínio filipino e os levantamentos populares
 
D. Filipe II de Espanha acaba por ser aclamado rei de Portugal (como Filipe I) nas Cortes de Tomar em 1581.

D. Filipe I de Portugal fez várias promessas:
  • manter a moeda, a língua e os costumes portugueses;
  • entregar a portugueses todos os cargos de governo e administração de Portugal;
  • o comércio da Índia, da África e do Brasil continuar a ser feito por portugueses.
Os reis que se seguiram: D. Filipe II e D. Filipe III de Portugal, não cumpriram estas promessas. Aumentaram os impostos, os portugueses eram obrigados a combater nos exércitos espanhóis, os cargos importantes eram dados a espanhóis, os nossos territórios em África, Ásia e América eram atacados e ocupados pelos inimigos de Espanha (Inglaterra, Holanda, França).

Aumentou, assim, o descontentamento entre os portugueses.
Surgiram algumas revoltas populares pelo País, mas foi em Lisboa, a 1 de dezembro de 1640, que alguns nobres e o duque de Bragança, D. João, descendente de D. Catarina, fizeram uma revolta bem-sucedida.
D. João (IV) é aclamado rei de Portugal passados quinze dias, pelas Cortes de Lisboa.
Depois de 60 anos de domínio espanhol, foi restaurada a independência em Portugal!
 
A sucessão ao trono

D. Sebastião morreu sem deixar descendentes, iniciando-se uma crise dinástica.
Sucedeu-lhe o seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, já idoso e doente, também ele sem descendência.
Assim, quando D. Henrique morreu, em 1580, o problema voltou a pôr-se.
Surgiram, então, vários pretendentes ao trono, que eram netos de D. Manuel I:
  • D. António, Prior do Crato, filho ilegítimo de D. Luís.
  • D. Catarina, duquesa de Bragança.
  • D. Filipe II, rei de Espanha.
Os candidatos: D. António, Prior do Crato; D. Catarina, duquesa de Bragança; e D. Filipe II, rei de Espanha.
 
A população dividiu-se:
  • o povo apoiava D. António, pois não queria perder a independência;
  • ­a nobreza, a burguesia e o alto clero apoiavam D. Filipe II de Espanha, pois esperavam obter cargos/privilégios e facilidades comerciais no Império espanhol.
D. António é aclamado rei pelo povo mas é derrotado pelo exército espanhol na batalha de Alcântara e nos Açores.
D. Sebastião e o desastre de Alcácer Quibir

Quando D. Sebastião, neto de D. João III, subiu ao trono em 1568, esta situação de crise estava longe de se resolver. Então, o jovem rei que tinha apenas 14 anos, resolveu retomar a política de conquistas em Marrocos, porque assim pensava conseguir restaurar o prestígio da Coroa portuguesa, aumentar o território e espalhar a fé cristã. 

Rei D. Sebastião
 
Ele era irrequieto, impulsivo e ninguém (familiares, amigos e conselheiros) conseguiu fazê-lo desistir dessa ideia e, a 12 de julho de 1578, um exército de dezassete mil homens, desorganizado e mal preparado, comandado pelo próprio rei D. Sebastião, desembarcou em Arzila e seguiu por terra, sob sol escaldante e solo difícil, em direção a Alcácer Quibir.
A 4 de agosto desse ano (1578), o confronto com os mais de setenta mil muçulmanos foi violento, e saldou-se por uma completa derrota portuguesa. Com efeito, nesta batalha morreram o rei, grande parte da nobreza portuguesa, e foram feitos inúmeros prisioneiros, cujo resgate custou largas somas de dinheiro ao reino. Morreram 7000 soldados portugueses.
Batalha de Alcácer Quibir (1578)
 
 
 
A situação no reino no século XVI

Ao longo do séc. XVI entraram muitas riquezas em Portugal, mas nem sempre foram bem aproveitadas. Com efeito, a agricultura foi abandonada, a indústria não se desenvolveu, comprava-se ao estrangeiro tudo o que era preciso e vivia-se na ociosidade (não se trabalhava) recorrendo ao trabalho dos escravos. Assim, no reinado de D. João III acumulavam-se os problemas: muitas pessoas partiam para África, Oriente ou Brasil, procurando melhores condições de vida, o que provocou o despovoamento do reino; a defesa do Império era cada vez mais difícil e mais cara; os ataques dos corsários e os naufrágios aumentavam o número de mortos e diminuíam as receitas do comércio colonial; era cada vez mais difícil pagar ao estrangeiro todos os produtos necessários à vida das populações.

Rei D. João III
O rei D. João III tentou resolver estes problemas e, para tal, decidiu abandonar a maioria das praças militares no Norte de África, procurar novos mercados abastecedores no Oriente e desenvolver a colonização e a exploração económica do Brasil.
 
 
 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Vídeo – Os Descobrimentos

Era Uma Vez... O Homem - Ep. 15 - "Os Descobrimentos"
 
 
Sabias que…

dos cerca de 150 homens que embarcaram com Pedro Álvares Cabral morreram perto de 100, vítimas de acidentes e doenças principalmente de escorbuto provocado pela falta de vitamina C?
A comida esgotava-se rapidamente. O que existia mais era pão, biscoitos, vinho e por vezes peixe e carne salgada. Para garantir que houvesse algo fresco, eram levados a bordo alguns animais vivos, geralmente galinhas.
 
Colonização do Brasil

A exploração deste território só começou em 1534, durante o reinado de D. João III, com a divisão do território em 15 capitanias, entregues a capitães-donatários, tal como já se tinha feito nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Os capitães tinham de povoar, defender e aproveitar os recursos naturais ali existentes.
Mais tarde, por causa dos conflitos entre capitães-donatários, o rei teve de nomear um governador-geral, com poderes políticos e militares sobre todas as capitanias.
Do Brasil trouxemos produtos como o pau-brasil, os animais exóticos e a cana-de-açúcar.
Para trabalharem no cultivo e fabrico do açúcar, os portugueses tiveram de trazer escravos negros da costa africana para o Brasil.
Também para o Brasil (tal como para a Ásia) foram enviados missionários para converter os habitantes locais à fé cristã.
 
 
A chegada à Índia e ao Brasil
                                                                       
Já no tempo do rei D. Manuel I, o navegador Vasco da Gama, com apenas 28 anos de idade, partiu de Lisboa comandando uma armada e chegou a Calecute, na Índia, em maio de 1498. Estava assim descoberto o caminho marítimo para a Índia!
Chegámos à terra das especiarias e podíamos agora transportar e vender na Europa os mais diversos produtos: noz-moscada, pimenta, gengibre, canela, cravinho…
 
Ainda do Oriente trouxemos para Lisboa: sedas, pedras preciosas, perfumes, madeiras exóticas e porcelanas.
Para garantir o domínio português no Oriente (os mercadores muçulmanos não gostaram da concorrência comercial portuguesa), o rei D. Manuel I enviou para a Índia uma armada de 13 embarcações comandada por Pedro Álvares Cabral.
No entanto, as embarcações perto de Cabo Verde desviaram-se para sudoeste e, em abril de 1500, avistaram terra. Pedro Álvares Cabral chamou a estas terras avistadas de Terras de Vera Cruz (primeiro nome dado ao Brasil).
Estava assim descoberto o Brasil, que era completamente desconhecido dos europeus.
A terra era habitada por grupos de índios. As relações estabelecidas entre portugueses e índios foram amigáveis.
 
 
 
 
 
Reinado de D. João II – da Serra Leoa ao Cabo da Boa Esperança

Este rei foi, depois da morte do infante D. Henrique, o grande impulsionador dos Descobrimentos. Era sua intenção atingir a Índia por mar (a terra das especiarias).
Em 1483, Diogo Cão alcançou a foz do rio Zaire (norte de Angola) e em 1488, Bartolomeu Dias dobra o Cabo das Tormentas. O rei D. João II ficou tão feliz com este acontecimento que mudou o nome do cabo para Cabo da Boa Esperança.
Ao passarem o Cabo da Boa Esperança os Portugueses provaram que é possível a comunicação entre o oceano Atlântico e o oceano Índico, o que vai permitir a chegada de Vasco da Gama à Índia, por mar.
Entretanto, em 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço do rei espanhol, alcançava o arquipélago das Antilhas (América Central). Julgava ele ter chegado à Índia! D. João II reivindicou de imediato a posse daquelas ilhas, por lhe pertencerem de acordo com o tratado de Alcáçovas. A luta só terminou em 1494 com um novo acordo - o Tratado de Tordesilhas.

 
O Tratado de Tordesilhas dividiu o mundo em duas grandes áreas de exploração: uma para Portugal e outra para Espanha. Todas as terras a oriente do meridiano ficariam para Portugal.
As três etapas da expansão portuguesa ao longo da costa africana.
 


domingo, 18 de maio de 2014

Sabias que…

os portugueses assinalavam a sua passagem ao longo da costa africana com padrões – pedras altas onde eram gravadas as datas e o escudo da casa real?

 
O infante D. Henrique

 
O infante D. Henrique (filho do rei D. João I) foi o que mais trabalhou na organização das primeiras descobertas.
Os portugueses descobriram o arquipélago da Madeira em 1419 e o arquipélago dos Açores em 1427.
As ilhas atlânticas eram desabitadas e, para as povoar e cultivar, o infante entregou-as aos capitães que comandaram as expedições de descobrimento. Surgem assim as primeiras capitanias.

Na Madeira cultivou-se a vinha, a cana-de-açúcar e cereais. Nos Açores criou-se gado, plantou-se trigo e plantas tintureiras.
Descobertas feitas até à morte do infante D. Henrique em 1460.
Os portugueses também foram explorando a costa do continente africano. Estabeleceram-se relações comerciais com os povos africanos e nos locais onde o comércio era mais intenso foram criadas feitorias. Para evitar os ataques de piratas, as feitorias eram normalmente fortificadas.
 

Feitoria da Mina (África).
Do reino de Portugal levava-se sal, trigo, objetos de cobre e de latão, tecidos e contas de vidro e em troca traziam-se várias riquezas de África: ouro, marfim, malagueta e escravos.
Além do comércio, os portugueses também foram em missões, procurando espalhar a fé cristã.
 
 
Os instrumentos náuticos e as embarcações

Para melhor navegar, os portugueses tiveram que aperfeiçoar as técnicas de orientação pelos astros essenciais à navegação no mar alto (ou seja, deixar de ter como ponto de orientação a linha da costa). Serviram-se de instrumentos como o astrolábio, a bússola, a balestilha, o quadrante…
O conhecimento que foram tendo dos ventos e das correntes marítimas também foi muito importante.
No entanto, as embarcações também foram melhorando ao longo dos anos. Depois da barca, começou-se a utilizar a caravela que era um bom barco para navegar nas águas agitadas do Atlântico. As velas triangulares (ou latinas) eram móveis e facilitavam a capacidade de manobra e de aproveitamento do vento, ou seja, permitia bolinar (navegar com ventos contrários).

Caravela
 
A nau surgiu já nos finais do século XV. Utilizou-se após a passagem do Cabo da Boa Esperança. Era um navio maior e muito resistente, que permitia o transporte de mais pessoas, mantimentos, mercadorias e possuía peças de artilharia. Tinha velas redondas e triangulares.
Nau
 
 
 
Sabias que…

antes do séc. XV só se conhecia a Europa, parte de África e parte do continente asiático?
Repara na figura seguinte.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Os Descobrimentos Portugueses

O reino de Portugal no século XV encontrava-se muito pobre. Precisávamos de alimentos (como os cereais) e riquezas (como o ouro). Por isso, os portugueses decidiram começar a explorar novas terras e a navegar por mares nunca antes navegados.
O rei D. João I e todos os grupos sociais (nobreza, clero, burguesia e povo) pensaram que a melhor solução para a crise era conquistar a cidade de Ceuta que era muito rica em cereais e onde existia muito comércio.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O rei D. João I


 A cidade foi conquistada em 1415 mas não resolveu os problemas do reino porque os Muçulmanos, que faziam o comércio, levaram os seus produtos para outros locais de África.
Os Portugueses lançaram-se então na aventura dos Descobrimentos.
Tiveram de enfrentar várias dificuldades: os marinheiros acreditavam na existência de monstros no mar, as correntes marítimas eram muito fortes, os barcos eram frágeis…
Seres fantásticos e monstros marinhos
 
A barca utilizada no início da expansão.
 
 
 
 
Vídeo

Vamos ver agora um vídeo sobre a crise de 1383-1385!
“Conta-me História… A batalha de Aljubarrota”

https://www.youtube.com/watch?v=d_1PzjpQMKk&feature=player_embedded

domingo, 27 de abril de 2014

Visita virtual

Visita o Mosteiro da Batalha a partir do link que se segue!
Mosteiro de Santa Maria da Vitória

Para comemorar a vitória sobre os castelhanos em Aljubarrota, D. João manda erguer o Mosteiro de Santa Maria da Vitória – mais conhecido pelo nome de Mosteiro da Batalha. Este edifício foi construído segundo o estilo da época, o estilo gótico. Era um edifício alto, de paredes finas e janelas largas e o interior tinha muita luz. Tinha muita decoração – rendilhados, pináculos, esculturas nos portais e vitrais nas janelas.

A Batalha de Aljubarrota

O rei castelhano não gostou da decisão das Cortes de Coimbra e invadiu Portugal pela 2ª vez. O exército castelhano ultrapassava os 30 000 homens. O exército português, comandado por D. Nuno Álvares Pereira, nomeado “O Condestável do Reino” por D. João, era composto apenas por cerca de 8 000 homens.
A célebre batalha de Aljubarrota ocorreu em 14 de agosto de 1385 e o exército castelhano saiu totalmente derrotado. D. Nuno Álvares Pereira travou a carga da cavalaria inimiga com as “covas de lobo”, elemento da tática do quadrado com que derrotou o poderoso exército.

As “covas de Lobo”. Eram valas com pontas aguçadas espetadas no fundo onde caíam cavalos e cavaleiros.