Era Uma Vez... O Homem - Ep. 15 - "Os
Descobrimentos"
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Sabias que…
dos cerca de 150 homens que embarcaram com Pedro Álvares Cabral
morreram perto de 100, vítimas de acidentes e doenças principalmente de
escorbuto provocado pela falta de vitamina C?
A comida esgotava-se rapidamente. O que existia mais era pão, biscoitos,
vinho e por vezes peixe e carne salgada. Para garantir que houvesse algo
fresco, eram levados a bordo alguns animais vivos, geralmente galinhas.
Colonização do Brasil
A exploração deste território só começou em 1534, durante o
reinado de D. João III, com a divisão do território em 15 capitanias, entregues
a capitães-donatários, tal como já se tinha feito nos arquipélagos da Madeira e
dos Açores. Os capitães tinham de povoar, defender e aproveitar os recursos
naturais ali existentes.
Mais
tarde, por causa dos conflitos entre capitães-donatários, o rei teve de nomear
um governador-geral, com poderes políticos e militares sobre todas as
capitanias.
Do
Brasil trouxemos produtos como o pau-brasil, os animais exóticos e a
cana-de-açúcar.
Para
trabalharem no cultivo e fabrico do açúcar, os portugueses tiveram de trazer
escravos negros da costa africana para o Brasil.
Também
para o Brasil (tal como para a Ásia) foram enviados missionários para converter
os habitantes locais à fé cristã.
A chegada à Índia e ao Brasil
Já no tempo do rei D. Manuel I,
o navegador Vasco da Gama, com
apenas 28 anos de idade, partiu de
Lisboa comandando uma armada e chegou
a Calecute, na Índia, em maio de 1498.
Estava assim descoberto o caminho marítimo para a Índia!
Chegámos à terra das especiarias
e podíamos agora transportar e vender na Europa os mais diversos produtos:
noz-moscada, pimenta, gengibre, canela, cravinho…
Ainda do Oriente trouxemos para Lisboa: sedas, pedras preciosas,
perfumes, madeiras exóticas e porcelanas.
Para garantir o domínio português no Oriente (os mercadores
muçulmanos não gostaram da concorrência comercial portuguesa), o rei D. Manuel
I enviou para a Índia uma armada de 13 embarcações comandada por Pedro Álvares Cabral.
No entanto, as embarcações perto de Cabo Verde desviaram-se para
sudoeste e, em abril de 1500,
avistaram terra. Pedro Álvares Cabral chamou a estas terras avistadas de Terras de Vera Cruz (primeiro nome dado
ao Brasil).
Estava
assim descoberto o Brasil, que era completamente
desconhecido dos europeus.
A
terra era habitada por grupos de índios. As relações estabelecidas entre
portugueses e índios foram amigáveis.
Reinado de D. João II – da Serra Leoa ao Cabo da Boa Esperança
Ao passarem o Cabo da Boa Esperança os Portugueses provaram que é possível a comunicação entre o oceano Atlântico e o oceano Índico, o que vai permitir a chegada de Vasco da Gama à Índia, por mar.
Entretanto, em 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço do rei espanhol, alcançava o arquipélago das Antilhas (América Central). Julgava ele ter chegado à Índia! D. João II reivindicou de imediato a posse daquelas ilhas, por lhe pertencerem de acordo com o tratado de Alcáçovas. A luta só terminou em 1494 com um novo acordo - o Tratado de Tordesilhas.
Este
rei foi, depois da morte do infante D. Henrique, o grande impulsionador dos
Descobrimentos. Era sua intenção atingir a Índia por mar (a terra das
especiarias).
Em
1483, Diogo Cão alcançou a foz do
rio Zaire (norte de Angola) e em 1488, Bartolomeu
Dias dobra o Cabo das Tormentas. O rei D. João II ficou tão feliz com este
acontecimento que mudou o nome do cabo para Cabo da Boa Esperança.Ao passarem o Cabo da Boa Esperança os Portugueses provaram que é possível a comunicação entre o oceano Atlântico e o oceano Índico, o que vai permitir a chegada de Vasco da Gama à Índia, por mar.
Entretanto, em 1492, Cristóvão Colombo, ao serviço do rei espanhol, alcançava o arquipélago das Antilhas (América Central). Julgava ele ter chegado à Índia! D. João II reivindicou de imediato a posse daquelas ilhas, por lhe pertencerem de acordo com o tratado de Alcáçovas. A luta só terminou em 1494 com um novo acordo - o Tratado de Tordesilhas.
O Tratado
de Tordesilhas dividiu o mundo em duas grandes áreas de exploração: uma para
Portugal e outra para Espanha. Todas as terras a oriente do meridiano ficariam
para Portugal.
As
três etapas da expansão portuguesa ao longo da costa africana.
domingo, 18 de maio de 2014
O infante D. Henrique
O
infante D. Henrique (filho do rei D. João I) foi o que mais trabalhou na
organização das primeiras descobertas.
Os
portugueses descobriram o arquipélago da Madeira em 1419 e o arquipélago dos Açores em 1427.
As ilhas atlânticas eram desabitadas e, para as
povoar e cultivar, o infante entregou-as aos capitães que comandaram as
expedições de descobrimento. Surgem assim as primeiras capitanias.
Na Madeira cultivou-se a vinha, a cana-de-açúcar e cereais.
Nos Açores criou-se gado, plantou-se trigo e plantas tintureiras.
Descobertas feitas até à morte do infante D. Henrique em 1460.
Os
portugueses também foram explorando a costa do continente africano. Estabeleceram-se
relações comerciais com os povos africanos e nos locais onde o comércio era
mais intenso foram criadas feitorias.
Para evitar os ataques de piratas, as feitorias eram normalmente fortificadas.
Feitoria da Mina (África).
Do
reino de Portugal levava-se sal, trigo, objetos de cobre e de latão, tecidos e
contas de vidro e em troca traziam-se várias riquezas de África: ouro, marfim,
malagueta e escravos.
Além
do comércio, os portugueses também foram em missões, procurando espalhar a fé
cristã.
Os instrumentos náuticos e as embarcações
Nau
Para
melhor navegar, os portugueses tiveram que aperfeiçoar as técnicas de
orientação pelos astros essenciais à navegação no mar alto (ou seja, deixar de
ter como ponto de orientação a linha da costa). Serviram-se de instrumentos
como o astrolábio, a bússola, a balestilha, o quadrante…
O
conhecimento que foram tendo dos ventos e das correntes marítimas também foi
muito importante.
No
entanto, as embarcações também foram melhorando ao longo dos anos. Depois da
barca, começou-se a utilizar a caravela que era um bom barco para navegar nas
águas agitadas do Atlântico. As velas triangulares (ou latinas) eram móveis e
facilitavam a capacidade de manobra e de aproveitamento do vento, ou seja,
permitia bolinar (navegar com ventos contrários).
Caravela
A
nau surgiu já nos finais do século XV. Utilizou-se após a passagem do Cabo da
Boa Esperança. Era um navio maior e muito resistente, que permitia o transporte
de mais pessoas, mantimentos, mercadorias e possuía peças de artilharia. Tinha
velas redondas e triangulares.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Os Descobrimentos Portugueses
O reino de Portugal no século XV
encontrava-se muito pobre. Precisávamos de alimentos
(como os cereais) e riquezas (como o ouro).
Por isso, os portugueses decidiram começar a explorar novas terras e a
navegar por mares nunca antes navegados.
O rei D. João I e todos os
grupos sociais (nobreza, clero, burguesia e povo) pensaram que a melhor solução
para a crise era conquistar a cidade de Ceuta
que era muito rica em cereais e onde existia muito comércio.
O rei D. João I
A cidade foi conquistada em 1415
mas não resolveu os problemas do reino porque os Muçulmanos, que faziam o
comércio, levaram os seus produtos para outros locais de África.
Os Portugueses lançaram-se então na aventura dos Descobrimentos.
Tiveram de enfrentar várias
dificuldades: os marinheiros acreditavam na existência de monstros no mar, as
correntes marítimas eram muito fortes, os barcos eram frágeis…
Seres fantásticos e monstros marinhos
A barca utilizada no início da expansão.
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=d_1PzjpQMKk&feature=player_embedded
Vamos ver agora um vídeo sobre a crise de 1383-1385!
“Conta-me História… A batalha de Aljubarrota”https://www.youtube.com/watch?v=d_1PzjpQMKk&feature=player_embedded
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